domingo, 19 de outubro de 2014

Reflexão individual sobre as Tic na escola - Sara Diogo

 
            Segundo Botelho (2005) “ (…) todos os avanços e desenvolvimentos científicos e tecnológicos constituem mudanças significativas na sociedade, trazendo consigo aspectos positivos e negativos (…) ”. Cada vez mais isto é uma realidade mais presente no ensino.
As Tecnologias da Informação e Comunicação são todos os aparelhos informáticos que nos permitem informar e ou comunicar. São os aparelhos informáticos que se podem usufruir na sala de aula para as mais diversas atividades. São também, os recursos mais práticos para, por exemplo, as crianças estabelecerem correspondência, com crianças de escolas de outros países.
As T.I.C. podem ser utilizadas no ensino-aprendizagem em todas as disciplinas e em quase todos os conteúdos, dependendo de como é feita a ponte entre a teoria e as T.I.C. Existem algumas que podem ser utilizadas no ensino-aprendizagem do português como por exemplo os computadores, a internet, as plataformas on-line como a plataforma Moodle, os dicionários e gramaticas on-line, os jogos on-line, os CD´s interactivos quem vêm com os livros, a televisão, os filmes, os quadros interactivos, os retroprojectores, etc.
Em relação a porquê e para quê, segundo Fidalgo (2009) “ (…) as T.I.C. proporcionam uma maior variedade de estratégias de leccionação e envolvem os discentes num processo que já não se quer de aprendizagem passiva mas antes construtiva. O aluno é assim encarado com co-produtor do processo de ensino numa interacção que se centra sobretudo na construção individual do conhecimento.” e “promoveram uma dinamização sem precedentes das aulas (…), “ onde “permitiram um envolvimento bastante positivo de todos os intervenientes num processo de ensino e aprendizagem que como sabemos foi bastante alterado pelo Tratado de Bolonha.” Com estes novos recursos, alunos de países diferentes podem partilhar conhecimentos ou dúvidas que são muitas vezes transversais a todos os alunos. Até os professores podem mostrar o trabalho desenvolvido e trocar ideias com outros professores de outros países ou de outras escolas da mesma cidade, e desta forma enriquecer as suas aulas.
Segundo PAZ (2008) “A utilização das T.I.C. começa cedo e começa na escola. E mobiliza as famílias, nalguns casos desempenhando os filhos o papel de professor para os pais, e aproximando pais e professores na tarefa necessariamente conjunta da educação.” Desta forma, pais e professores formam uma só equipa com o intuito de ser uma aprendizagem contínua, e que não passa apenas pelo espaço da escola. Podendo com o conforto da sua casa, consolidar conhecimentos que foram transmitidos em sala de aula.
Com as T.I.C. podemos abordar todos os conteúdos de qualquer uma das disciplinas. Existem diversos materiais já preparados ou podemos nós próprios criar materiais em conformidade com os conteúdos que queremos abordar. Podemos construir diversas possibilidades, como simples Power Points onde os diapositivos têm a matéria e assim os alunos não têm de copiar exaustivamente tudo o que lhes é fornecido em aula, e podem apenas tirar alguns apontamentos no decorrer da explicação do professor. Ou podemos construir jogos onde os alunos podem verificar o que já sabem e quais as matérias que ainda têm de estudar. Por exemplo se queremos utilizar as T.I.C. numa aula de língua portuguesa, propomos a produção escrita num processador de texto, mas que este seja o Word. Temos como objectivos base desenvolver competências a nível da língua portuguesa. Apenas com este objectivo, podem-se trabalhar os mais diversos conteúdos, como por exemplo podem ser trabalhado os parágrafos, e a respetiva indentação, o saber utilizar as teclas não-alfabéticos do teclado, como os sinais de pontuação, que estão vários numa só tecla, os comandos que são ativados pelo rato, etc.
Uma das vantagens das T.I.C. é que as tarefas que se podem propor são das mais variadas. Como já referi, podemos propor que o aluno jogue a um jogo construído por nós, podemos pedir que o próprio aluno construa um jogo, podemos sugerir que os alunos escrevam um resumo de toda a matéria, entre as mais variadíssimas possibilidades.
Segundo Paz (2008) “ (…), há que ressalvar que nem todas novas práticas de (auto-) aprendizagem a partir das novas tecnologias são, só por si, boas. Há "velhas" competências que fazem muita falta e que a facilidade de acesso à informação (Internet) não substitui, como a capacidade de interpretar, e reflectir sobre, a informação.” Com o excesso de informação, cria-se a tendência de copiar e captar o que nos transmitem sem reflectir sobre o assunto perdendo a capacidade de interpretação e de pensar sobre o assunto.
Em suma, por todas as razões já referidas, o professor ou educador tem de acompanhar esta mudança cada vez maior, mas nunca esquecendo que “As novas tecnologias não são a pedra filosofal para o sucesso educativo” Paz (2008).


Referências Bibliográficas

 Botelho, F. (2005). Globalização e cidadania: reflexões soltas
Dias de Figueiredo, A. (2000). Novos Media e Nova Aprendizagem
Fidalgo, P. (2009). O Ensino e as Tecnologias da Informação e Comunicação

 Paz, J. (2008). Educação e Novas Tecnologias

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