Segundo Botelho
(2005) “ (…) todos os avanços e desenvolvimentos científicos e tecnológicos
constituem mudanças significativas na sociedade, trazendo consigo aspectos
positivos e negativos (…) ”. Cada vez mais isto é uma realidade mais presente
no ensino.
As Tecnologias da
Informação e Comunicação são todos os aparelhos informáticos que nos permitem
informar e ou comunicar. São os aparelhos informáticos que se podem usufruir na
sala de aula para as mais diversas atividades. São também, os recursos mais
práticos para, por exemplo, as crianças estabelecerem correspondência, com
crianças de escolas de outros países.
As T.I.C. podem ser
utilizadas no ensino-aprendizagem em todas as disciplinas e em quase todos os
conteúdos, dependendo de como é feita a ponte entre a teoria e as T.I.C.
Existem algumas que podem ser utilizadas no ensino-aprendizagem do português
como por exemplo os computadores, a internet, as plataformas on-line como a
plataforma Moodle, os dicionários e gramaticas on-line, os jogos on-line, os
CD´s interactivos quem vêm com os livros, a televisão, os filmes, os quadros
interactivos, os retroprojectores, etc.
Em relação a porquê e
para quê, segundo Fidalgo (2009) “ (…) as T.I.C. proporcionam uma maior
variedade de estratégias de leccionação e envolvem os discentes num processo
que já não se quer de aprendizagem passiva mas antes construtiva. O aluno é
assim encarado com co-produtor do processo de ensino numa interacção que se
centra sobretudo na construção individual do conhecimento.” e “promoveram uma
dinamização sem precedentes das aulas (…), “ onde “permitiram um envolvimento
bastante positivo de todos os intervenientes num processo de ensino e
aprendizagem que como sabemos foi bastante alterado pelo Tratado de Bolonha.”
Com estes novos recursos, alunos de países diferentes podem partilhar
conhecimentos ou dúvidas que são muitas vezes transversais a todos os alunos.
Até os professores podem mostrar o trabalho desenvolvido e trocar ideias com
outros professores de outros países ou de outras escolas da mesma cidade, e
desta forma enriquecer as suas aulas.
Segundo PAZ (2008) “A
utilização das T.I.C. começa cedo e começa na escola. E mobiliza as famílias,
nalguns casos desempenhando os filhos o papel de professor para os pais, e
aproximando pais e professores na tarefa necessariamente conjunta da educação.”
Desta forma, pais e professores formam uma só equipa com o intuito de ser uma
aprendizagem contínua, e que não passa apenas pelo espaço da escola. Podendo
com o conforto da sua casa, consolidar conhecimentos que foram transmitidos em
sala de aula.
Com as T.I.C. podemos
abordar todos os conteúdos de qualquer uma das disciplinas. Existem diversos
materiais já preparados ou podemos nós próprios criar materiais em conformidade
com os conteúdos que queremos abordar. Podemos construir diversas
possibilidades, como simples Power Points onde os diapositivos têm a matéria e
assim os alunos não têm de copiar exaustivamente tudo o que lhes é fornecido em
aula, e podem apenas tirar alguns apontamentos no decorrer da explicação do
professor. Ou podemos construir jogos onde os alunos podem verificar o que já
sabem e quais as matérias que ainda têm de estudar. Por exemplo se queremos
utilizar as T.I.C. numa aula de língua portuguesa, propomos a produção escrita
num processador de texto, mas que este seja o Word. Temos como objectivos base
desenvolver competências a nível da língua portuguesa. Apenas com este
objectivo, podem-se trabalhar os mais diversos conteúdos, como por exemplo
podem ser trabalhado os parágrafos, e a respetiva indentação, o saber utilizar
as teclas não-alfabéticos do teclado, como os sinais de pontuação, que estão
vários numa só tecla, os comandos que são ativados pelo rato, etc.
Uma das vantagens das
T.I.C. é que as tarefas que se podem propor são das mais variadas. Como já
referi, podemos propor que o aluno jogue a um jogo construído por nós, podemos
pedir que o próprio aluno construa um jogo, podemos sugerir que os alunos
escrevam um resumo de toda a matéria, entre as mais variadíssimas
possibilidades.
Segundo Paz (2008) “
(…), há que ressalvar que nem todas novas práticas de (auto-) aprendizagem a
partir das novas tecnologias são, só por si, boas. Há "velhas"
competências que fazem muita falta e que a facilidade de acesso à informação
(Internet) não substitui, como a capacidade de interpretar, e reflectir sobre,
a informação.” Com o excesso de informação, cria-se a tendência de copiar e
captar o que nos transmitem sem reflectir sobre o assunto perdendo a capacidade
de interpretação e de pensar sobre o assunto.
Em suma, por todas as
razões já referidas, o professor ou educador tem de acompanhar esta mudança
cada vez maior, mas nunca esquecendo que “As novas tecnologias não são a pedra
filosofal para o sucesso educativo” Paz (2008).
Referências Bibliográficas
Botelho, F. (2005). Globalização e cidadania:
reflexões soltas
Dias de Figueiredo, A. (2000).
Novos Media e Nova Aprendizagem
Fidalgo, P. (2009). O Ensino e as
Tecnologias da Informação e Comunicação
Paz, J. (2008). Educação e Novas Tecnologias
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